Diferente de outros municípios onde é elevado o número de casos de Dengue, Pirapora segue com um roteiro de estratégias de combate à doença e está intensificando a luta contra o mosquito Aedes Aegypti. A prefeitura, por meio da secretaria municipal de Saúde, informou que, em 2016, foram feitos sete tratamentos focais, um controle químico que elimina as larvas em pontos estratégicos de difícil acesso. Também foram executadas duas pesquisas de larvário. A primeira aconteceu em março, e a última, em outubro. A pesquisa tem por objetivo investigar o caso para detectar o local provável de infecção.

Segundo informou Antônio Inocêncio Sobrinho, responsável pela Vigilância Sanitária em Pirapora, além dessas condutas praticadas por toda a equipe, outras ações estão ocorrendo, paralelamente com o fim de eliminar a doença Zika, que é transmitida apelas pela picada do mosquito da dengue.

Em Pirapora, não há a necessidade (por enquanto) do uso de Fumacê, de acordo com a Vigilância, porque o período chuvoso ainda está intenso. Contudo, a população precisa se conscientizar ainda mais e fazer sua parte. “É importante que cada morador cuide do seu quintal e converse com o vizinho para fazer o mesmo. Cada cidadão tem que eliminar os possíveis focos do mosquito e não deixar água parada acumular. A luta é de todos e não apenas do poder público”, reafirmou Sobrinho.

Um projeto piloto de distribuição gratuita de kit de proteção a gestante também está prestes a acontecer. O objetivo é proteger as grávidas em Pirapora contra o Zika. Cada kit é composto por um cortinado ou mosquiteiro; dois tubos de repelentes e dois frascos de inseticida spray, que serão distribuídos a cada mês.

O mosquiteiro ou cortinado só será distribuído cuja residência da gestante não tiver laje ou forro. Para receber o kit, a pessoa precisa estar inscrita no SIS Pré-natal. Para isso, basta procurar a Unidade Básica de Saúde mais próxima. O próprio PSF vai fazer a distribuição.

Nas escolas, também foram palestradas diversas oficinas para conscientizar os alunos, professores e outros profissionais de educação sobre a importância em combater a Dengue e o Zika. A partir de fevereiro do ano que vem, quando inicia o período letivo, as campanhas educativas serão intensificadas.

“É preciso promover a mobilização social para que a sociedade adquira conhecimentos sobre como evitar a dengue, participando efetivamente da eliminação contínua dos criadouros potenciais do Aedes. O povo deve ser informado acerca das medidas de prevenção e controle para que possa adotar um novo comportamento frente ao problema. Pirapora continua lutando contra a dengue. E essa é uma luta coletiva”, detalhou Ângela Calisto, responsável pelo setor de Mobilização Social da saúde em Pirapora.

Autor(a): Thiago Matos: Fotos: Ivan Rodrigues