Hospital Municipal de Contagem passa a contar com referência em doação de orgãos
         
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Hospital Municipal de Contagem passa a contar com referência em doação de orgãos

on 28 Setembro, 2017

Contagem comemora reestruturação que coloca a unidade de saúde na rede nacional de solidariedade para salvar vidas.

O Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos foi celebrado na última quarta-feira 27 de setembro, buscando conscientizar a sociedade sobre a importância deste gesto que pode fazer a diferença na vida de muitas pessoas. O Brasil tem um dos mais completos sistemas públicos de transplantes e é uma referência mundial. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece assistência integral ao paciente transplantado.

No Complexo Hospitalar de Contagem (CHC), setembro tornou-se um marco. Foi neste mês que o hospital passou a contar com uma referência no protocolo de doação de órgãos, a médica Roberta Naves.
Além disso, de agosto a setembro, rins e fígado foram captados no hospital. A família de Bruno Leonardo, que teve morte encefálica em 28 de agosto, autorizou a doação dos órgãos do jovem de 15 anos. “A gente pedia um milagre para que ele pudesse sobreviver, mas o milagre já estava acontecendo. Iríamos salvar vidas com a doação”, diz Fábio Leonardo Dias da Silva, pai do rapaz. Os rins, as córneas e o fígado foram doados. "O Bruno era uma pessoa muito saudável e cheia de vida. Se ele fosse interrogado sobre se deveríamos fazer a doação, com certeza concordaria, porque saberia que o amor dele poderia salvar outras vidas”, acrescenta o pai.

Para que seja efetivada, a doação precisa ser autorizada pela família do doador, mesmo que ele tenha manifestado o desejo em vida. Um único doador pode salvar muitas vidas e a família que permite a retirada de órgãos acaba envolvendo-se em uma corrente de solidariedade e de amor à humanidade.

Hudson André de Jesus, 44 anos, morador de Contagem, submeteu-se a um transplante de rim em 2012, quando um longo período passando pela hemodiálise teve fim. “Comecei com as sessões de hemodiálise em 2005. É um tratamento difícil, foram sete anos. Mas ele mantém a pessoa enquanto aguarda pelo transplante”, diz Hudson André.

Desde que recebeu um novo rim, ele viveu muitas experiências, voltou a estudar e concluiu o curso de fonoaudiologia. Atualmente, cheio de disposição, está em busca de um trabalho na área. “Voltei a sorrir”, comemora.

De acordo com a Lei nº 9.434/1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento, a retirada precisa ser antecedida por um diagnóstico de morte encefálica e após todos os testes de triagem, rastrear infecções e infestações descritos nas normas do Ministério da Saúde (MS).
O receptor do órgão aguarda em uma fila única, definida pela Central Estadual de Transplantes e pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que é regulamentado pela Portaria nº 2.600/2009.

Se você quer ser um doador, avise seus familiares. Se alguém em sua família manifestou o desejo de ser doador, ajude a fazer com que essa vontade seja respeitada. Doar órgãos é doar vida.