COSEMS/MG presente na Live: Projeto Public Health Course – Take Care of Health 2021
         
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COSEMS/MG presente na Live: Projeto Public Health Course Take Care of Health 2021

on 21 Julho, 2021

Foi realizada na noite desta terça-feira (20/07) a Live do Projeto Public Health Course – Take Care of Health 2021, para debater as políticas de saúde mental, inclusão social e a proposta Recovery com o objetivo de reforçar a prevenção e o tratamento do abuso de substâncias, incluindo o abuso de drogas entorpecentes e uso nocivo do álcool.

O evento contou com a presença do idealizador do Projeto, o Enfermeiro, Servidor Público do Hospital de Pronto Socorro Municipal de Juiz de Fora, Marcos Antônio Garcia Vieira, o Presidente do COSEMS/MG e Secretário Municipal de Saúde de Taiobeiras, Eduardo Luiz da Silva, o Dr. Mark Costa do Departamento de Psiquiatria da Yale School of Medicine, EUA, o Presidente do COMPID-JF e Docente da UFJF, Dr. Marco José Duarte, o Docente do Departamento de Saúde Mental da UFMG, Dr. Frederico Garcia, e o Presidente do Coren-DF, Dr. Elissandro dos Santos Noronha.

O idealizador do Projeto e enfermeiro Marcos Antônio Garcia informou que o projeto propõe fazer debates importantes sobre os territórios psicossociais e a política de saúde mental, também afirmou que serão realizadas outras lives que se tornarão atividades de educação permanente voltadas para os profissionais da Atenção Básica em saúde. “Vamos transformar este projeto em algo duradouro, que atravesse o ano de 2021/2022 e motivar a todos para que possamos ter uma sociedade mais justa e igualitária e includente onde todos tenham o direito a tudo o que está garantido na nossa carta magna, na nossa constituição brasileira,” destacou.

O Dr. Mark Napoli Costa do Departamento de Psiquiatria da Yale School of Medicine dos EUA, ressaltou que a proposta Recovery é um tema muito importante para ser debatido, pois faz parte das diretrizes da Organização Mundial de Saúde e tem como premissa os cuidados da pessoa na comunidade e o direito de todos os indivíduos desfrutarem de uma vida plena na sociedade, e a ciência conseguiu demonstrar que pessoas com transtornos mentais severos são capazes de se restabelecerem quando tem oportunidades para isso. A partir da interface entre movimentos sociais, ciência e o amparo legal de leis que sustentam o direito das pessoas com desabilidades, entre elas pessoas com transtornos mentais severos surgiu o movimento Recovery nos Estados Unidos e no mundo para o desenvolvimento de uma série de estratégias e de cuidados para as pessoas terem direito a vida, moradia e trabalho. “É importante marcar este ponto essencial do Recovery, prevenção e bem-estar para todas as pessoas são diferentes com pensamentos e ideias diferentes, por isso o restabelecimento e recuperação das pessoas com transtornos severos não pode se dar somente na ideia de que as pessoas vão se curar dos seus transtornos, e se elas não se curam ficam segregadas em serviços e hospitais psiquiátricos. Acho que cabe termos uma discussão profunda nos avanços das estratégias de cuidados a saúde, de que as diferenças existem e que é preciso aceitar as diferenças,” pontuou.

live presida2007

O Presidente do COSEMS/MG, Eduardo Luiz falou da importância deste movimento em prol da saúde pública de qualidade, da inclusão e de todas as pautas importantes que não estão sendo discutidas no país nos últimos anos e principalmente a pauta de saúde mental que precisa ser discutida no cenário nacional, pois infelizmente nos últimos anos houve um retrocesso significativo nas politicas de saúde mental do país com a paralização da discussão.

O Presidente também pontuou que os movimentos da reforma psiquiátrica e os movimentos de luta pela saúde mental do país têm insistido com o Ministério da Saúde que se recusa a discutir a saúde mental da forma ampla o debate com a sociedade, as entidades de classe e com os usuários, pois para ele, não adianta discutir saúde mental com as pessoas nos meios acadêmicos, nas entidades de classe se não levar a discussão aqueles necessitam dos cuidados. Também destacou que neste momento o SUS deve a sociedade brasileira, é preciso rever muitas questões que estão acontecendo em Minas Gerais em relação à saúde mental para que seja possível buscar o acesso e o serviço de qualidade, a capacitação dos trabalhadores em saúde mental porque isso faz falta na ponta, no atendimento ao usuário. “Precisamos buscar dar acesso de qualidade as pessoas que necessitam dos serviços de saúde mental e no momento da pandemia, a saúde mental da população do mundo está prejudicada e nós precisamos dar respostas a essas necessidades. Os grandes transtornos mentais estão respaldados pela atenção nas unidades de CAPS e infelizmente nos hospitais psiquiátricos que ainda existem pelo país. Nós defendemos o fechamento de cada leito psiquiátrico em hospitais psiquiátricos e defendemos a abertura de leitos em hospitais gerais que tem um tratamento mais humanizado e digno do portador de saúde mental,” destacou.

O Presidente Eduardo também pontuou que é necessário fazer com que a saúde mental chegue a Atenção Primária em uma interlocução para que após a crise, o paciente continue tendo atenção de uma equipe especializada em saúde mental, e isso é um dos princípios do SUS, a integralidade do cuidado. “Não podemos deixar o usuário vinculado a um serviço de saúde mental, ele não é só portador de sofrimento mental, ele é cidadão, pessoa, precisa viver com a comunidade, ter relações sociais e a Atenção Primária talvez seja esse caminho,” destacou.

Para assistir a live, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=1nrA12WtJcU