Por Ariane Fernandes

O Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG) participou nesta quinta-feira (16/05) de dois eventos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para debater sobre os problemas enfrentados pela saúde pública no Estado, como o surto da dengue e a falta de repasses do Estado para com os municípios e prestadores de serviços de saúde.

Em um primeiro momento, representando o COSEMS/MG, o Presidente e Secretário Municipal de Saúde de Taiobeiras, Eduardo Luiz da Silva e o membro da diretoria executiva do COSEMS/MG e Secretário Municipal de Saúde de Carlos Chagas, Ricardo Viana participaram de uma Audiência Pública da Comissão de Saúde da ALMG, para tratar sobre as possíveis estratégias para evitar novas epidemias de dengue no Estado.O Secretário Municipal de Saúde de Carlos Chagas, Ricardo Viana afirmou que com a crise financeira que o Estado vem enfrentando, é preciso se preocupar com a assistência hospitalar, pois não há possibilidade de receber os pacientes da forma adequada diante da crise e por isso é preciso que haja uma participação efetiva do Estado para tomar uma atitude emergencial. “É inadmissível que em 2019 a tecnologia não tenha chegado, que o agente de endemias não tenha um tablete e um software para conseguir mapear os focos da dengue nos municípios, para que saibamos onde é necessário fazer o bloqueio e combater o mosquito para acabar definitivamente com essa epidemia em Minas Gerais”, explicou.

O Presidente do COSEMS/MG, Eduardo Luiz da Silva ressaltou sobre a importância de se tratar sobre a epidemia da dengue que o Estado vem enfrentando e relatou que este é um problema decorrente que os secretários de saúde estão enfrentando há tempos, mas neste ano, Minas Gerais está infelizmente liderando o ranking de notificações dos casos de dengue do país. “Precisamos chamar a atenção da população pra este problema que não é apenas do poder público, nós precisamos entender e colocar em discussão a pauta da saúde, especialmente da dengue em todos os setores da sociedade, principalmente na educação. Estamos há anos investindo em novas possibilidades de combate ao mosquito e a cada ano estamos mais fragilizados pela doença. Nós cidadãos temos que ter a responsabilidade de cuidar dos nossos quintais e não deixar as ações de combate ao mosquito apenas para o poder público, é preciso de uma grande parceria da comunidade para conseguirmos acabar com a doença”, ressaltou.

O Presidente Eduardo Luiz também informou que no último boletim epidemiológico foram notificados 247 mil casos prováveis de dengue no Estado, 38 óbitos confirmados e 92 casos em investigação e atrelado a isso, casos de zika e chikungunya. “O Estado publicou duas resoluções para reforço de custeio e incentivos dos municípios com maior índice de casos de dengue, liberando um total de R$ 4 milhões e 200 mil para intensificar as ações de combate a dengue, mas reafirmo a importância de trabalhar preventivamente, desenvolvendo novas tecnologias para conseguir melhores resultados,” destacou.

Para endossar ainda mais o pedido de ajuda dos Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais, o Presidente Eduardo Luiz da Silva juntamente com outros secretários de saúde e prefeitos participaram de uma reunião com o presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Agostinho Patrus pedindo a intercessão da Casa junto ao governo do Estado para que os repasses atrasados na saúde sejam pagos, o que ajudaria fundamentalmente no enfrentamento da dengue.

Segundo o Presidente Eduardo, a saúde em Minas Gerais vem passando por uma grave crise financeira e vem se agravando nos últimos quatro anos, e hoje pode ultrapassar o valor de R$ 6 bilhões e destacou que é necessário que o Governo de Minas se comprometa e reconheça que o que foi pactuado e publicado no Portal da Transparência do Estado de Minas Gerais seja cumprido e o Estado pague a dívida com os 853 municípios mineiros.

Confira o recado do Presidente: