Boletim epidemiológico "síndrome mão-pé-boca" - São Bento Abade
         
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Boletim epidemiológico "síndrome mão-pé-boca" - São Bento Abade

on 06 Novembro, 2017


O QUE É A SINDROME MÃO-PÉ-BOCA?

Mara Ap. Quintiliano¹, Rosimeire D. Silva¹, Edilaine Ferreira Oliveira¹, Anderson Ferreira de Azevedo².
¹Epidemiologia e Controle de Agravos;
²Departamento de Saúde e Meio Ambiente de São Bento Abade/MG
E-mail: saúEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. , Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

Introdução

A doença mão-pé-boca (HFMD, sigla em inglês) é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade.
A transmissão é via fecal-oral (em áreas com condições sanitárias precárias) e via respiratória (em áreas com bons sistemas de saneamento e higiene). Há, também, transmissão pelo contato das mãos com secreções e a autoinoculação para a boca, nariz ou olhos (nas enteroviroses que causam vesículas). Além disso, existe a transmissão nosocomial de vários enterovírus, como o Coxsackie A e B e Echovirus – especialmente em berçários.
Os objetivos de uma vigilância para enterovírus seriam a capacidade de detectar e dar resposta a surtos, de investigar e pesquisar sobre os vírus e de estabelecer a carga da doença para planificação a longo prazo, segundo proposta do guia elaborado pelo ECDC e pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Objetivos:
• Informar a População sobre a existência da doença em nosso município e região;
• Orientar Famílias, Creches e Berçários quanto à prevenção, detecção e conduta em casos de agravo;
Método

População Acometida/Investigada: Por se tratar de uma doença que atinge, principalmente, crianças até cinco anos de idade, tendo seus primeiros casos no municípios detectados por profissionais funcionários do Centro de Educação Infantil do município de São Bento Abade, foram investigadas todas as crianças frequentes à creche e berçário obtendo um número elevado de casos suspeitos para a doença.

Atividades Realizadas: Investigação direta no Centro de Educação Infantil, onde surgiram os primeiros casos; Orientação aos pais, professores e monitores através de reunião especificando a forma de transmissão e prevenção e visitas domiciliares realizadas pelos Agentes Comunitário de Saúde.

Definição de casos: Notificação de 41 casos suspeitos, dos quais foram coletadas 5 amostras e encaminhadas para exame.

Metodologia laboratorial empregada: Realizada coleta de material direto da lesão e encaminhado ao laboratório do Hospital Bom Pastor através da Superintendência Regional de Saúde de Varginha/MG.

Resultados: Apesar dos dados levantados terem sido colhidos no Centro de Educação Infantil não é possível afirmar que tenha sido o foco da infecção, uma vez que os alunos matriculados têm convivência fora da sala de aula.

Conclusão: Após a inspeção da Vigilância Sanitária Regional, constatou-se que o CEMEI foi o local de proliferação e transmissão do vírus devido a falta de cuidados higiênicos básicos, que foram corrigidos assim que orientados.

Referencias:
http://www.cevs.rs.gov.br/upload/arquivos/201706/21151502-81776-be-v18-n34-2016.pdf
https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/doenca-mao-pe-boca-hfmd/