Profissionais da Saúde de Pirapora recebem capacitação sobre Mucopolissacaridose
         
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Profissionais da Saúde de Pirapora recebem capacitação sobre Mucopolissacaridose

on 16 Maio, 2016

A Prefeitura Municipal de Pirapora, através da Secretaria de Saúde e parceria de laboratórios, realizou no dia 03/05, no auditório do CEPS, uma capacitação para vários profissionais da área da saúde, sobre Mucopolissacaridose (MPS) tipo I e doenças raras.

O especialista neuropediatra da Santa Casa e do Hospital Infantil João Paulo II, e responsável pelo Laboratório de Doenças Raras, Dr. André Vinicius Soares Barbosa, que proferiu a palestra aos profissionais. Ele relatou que o objetivo do evento é mostrar aos agentes de saúde, a equipe da saúde bucal, médicos, enfermeiros, psicólogos e demais profissionais convidados, que “a Mucopolissacaridose é uma patologia relativamente nova, pouco conhecida, em que há possibilidade de tratamento, e assim, melhorar a qualidade de vida, não só dos pacientes, como também da família. Acomete crianças, geralmente quando há casamento entre parentes. As crianças nascem geralmente normais e com o passar do tempo vão tendo características físicas, como: lábio grosso, língua grande, face grosseira, sobrancelha grossa, testa proeminente, baixa estatura, infecção de ouvido, raiz do nariz baixa e outras complicações”, explicou.

O médico informou ainda que, “esta campanha informativa de capacitação dos profissionais de saúde estará acontecendo não só em Pirapora, como também será realizada em mais 4 municípios da região: Várzea da Palma, Lassance, Corinto e Curvelo. A Mucopolissacaridose tipo I é uma doença metabólica hereditária, progressiva, frequentemente fatal, que afeta aproximadamente 1 em cada 100 mil nascidos vivos, causada pela deficiência da enzima lissômica a-L-iduronidase, que leva ao acúmulo de glicosaminoglicanos (GAG) e disfunção celular. Resulta em lesão progressiva, de múltiplos sistemas corporais e, em muitos casos, óbito precoce”, ressaltou.

O secretário de Saúde, Rogério Pontes explicou que “os pacientes geralmente consultam diversos especialistas antes de obter um diagnóstico. Rigidez, dor articular e má função das mãos, infecção da orelha recorrente, apneia do sono e outros problemas do ouvido, nariz e garganta são comuns entre esses pacientes, com Mucopolissacaridose tipo I. A capacitação é necessária, para que os profissionais de saúde saibam reconhecer estes sintomas e atender melhor os pacientes”, explicou o secretário.

O prefeito Léo Silveira que também é profissional da área da saúde informou que de acordo com os sinais e sintomas apresentados por cada indivíduo é possível que o médico indique determinados tipos de tratamentos. “A Mucopolissacaridose tipo I pode ser eficazmente tratada. Para o correto acompanhamento de pacientes, o mais importante é que o diagnóstico seja feito o mais cedo possível”, destacou o chefe do executivo.

Autor(a): Kelly Cristina
Fotos: Ivan Rodrigues