No dia 07 de outubro de 2016, a, em Espera Feliz MG, recebeu a equipe Espiral para a roda de conversa com o tema Gênero e Diversidade.

O evento foi aberto ao público e contou com a presença de usuários e colaboradores do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I), pais e alunos de escolas do município.

A conversa foi guiada pela psicóloga Bruna Fajardo, especialista em gênero e sexualidade pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

Foram abordados assuntos atuais e de relativa importância como: gênero, empoderamento feminino, aborto, sexualidade, orientação sexual, a influência da sociedade no poder de escolha, a importância da primeira infância, a homossexualidade como doença e o movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

A conversa iniciou abordando o significado de gênero, e a partir daí surgiram as reflexões sobre o empoderamento feminino. Tema atual e de grande repercussão, que fez parte da reforma das Nações Unidas mobilizando a ONU a criar a ONU Mulheres, entidade das Nações Unidas para a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

A conversa fluiu de maneira natural, muito bem conduzida pela psicóloga que introduziu a reflexão sobre aborto, mobilizando inclusive o público masculino, como se pode observar no depoimento de um participante “Eu achei interessante falar sobre aborto. Apesar de não ser a favor eu entendi que as clínicas clandestinas o praticam pondo em risco a vida da mulher. Trazer o procedimento para o SUS pode ser a maneira de lidar com o aborto sem risco. Escolha é escolha. Mas teríamos que orientar melhor as pessoas a respeito”.

Ainda na temática aborto e filhos, levantou-se o assunto da primeira infância e a maneira como a sociedade lida com a escolha das brincadeiras de meninos e meninas. Ressaltou-se que a sociedade prioriza brinquedos como carrinhos e bolas aos meninos e bonecas e panelas às meninas, e discutiu-se o reflexo dessas atitudes na adolescência e na vida adulta, correlacionando com a liberdade de escolha, a construção de identidade, a capacidade de gerar preconceitos, e com fator desencadeador de conflitos internos que estimulam o adoecimento mental.

Findando as reflexões, discutiu-se sobre o amor, o respeito ao próximo e o reconhecimento da luta LGBT, alcançando assim o objetivo da roda de conversa que é a construção de um espaço de diálogo e de interação social.