Bloco Mente Bamba de Carangola transforma carnaval em terapia
         
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Bloco Mente Bamba de Carangola transforma carnaval em terapia

on 24 Fevereiro, 2023

 Pular carnaval, lutar contra o preconceito e promover a inclusão dos pacientes. Estes são apenas alguns dos objetivos do Bloco Mente Bamba, que há mais de uma década reúne usuários da rede de saúde mental da cidade de Carangola, município pólo de microrregião de saúde de Carangola e que faz parte da área de abrangência da Superintendência Regional de Saúde (SRS) Manhuaçu.

Rede de Saúde Mental

O município de Carangola tem se destacado pelos serviços oferecidos na rede de saúde mental. Atualmente o município atende cerca de 700 pacientes e recentemente inaugurou o serviço de acolhimento por meio do centro de convivência de saúde mental.

A coordenadora do centro, Lucia Valle, que atua há 13 anos na rede, falou dos desafios e conquistas. “Na saúde mental aprendemos todos os dias. É necessário um olhar por completo e acreditarmos nos pacientes. Ver uma pessoa sair recuperada é muito satisfatório e por isso estamos sempre buscando atualização e novas ferramentas para implementar os projetos terapêuticos”, lembrou a coordenadora. Ela também citou os projetos de economia solidária como a horta suspensa que irá produzir hortifrútis e a barraca na feira que irá comercializar artesanatos como pintura, bordados e sabão produzido por meio de óleo reciclado. Outras experiências exitosas são as oficinas de música, dança, caminhada e passeios.

Centro de Convivência e Cultura

Recentemente foram implantados 4 novos Centros de Convivência no território. Esse dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é vinculado à Atenção Primária e se apresenta, estruturalmente e simbolicamente, de portas abertas para os encontros na diversidade humana, na desafiadora e complexa ação de conviver.

Configuram-se como espaços de circulação, inclusão, socialização e promoção de encontros entre os usuários da saúde mental e a população/comunidade geral e realiza ações de forma articulada com a rede e através de estratégias e ações diferentes dos demais equipamentos de saúde, tendo como foco a produção de encontros e a convivência, através de oficinas, grupos e ações comunitárias, alinhado com a ideia de promoção à saúde.

Trata-se de um equipamento idealizado a partir das diretrizes do SUS e da RAPS, nas quais se promove a convivência produtora de inclusão mediada pelo cuidado considerando a autonomia e protagonismo dos usuários.

Por Antonio Rodrigues