Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi lembrado com defesa dos direitos do portador de sofrimento mental e repudio a diminuição do SUS

Com o enredo “Eles Passarão, Nós Passarinho”, a escola de samba “Liberdade Ainda que Tam Tam” desfilou pelas ruas de Belo Horizonte no 18 de maio, Dia Nacional da Luta Antimanicomial, se manifestando contra retrocessos na saúde mental e fazendo referência ao atual cenário político do Brasil. Além da luta antimanicomial e da defesa dos direitos de cidadania das pessoas em sofrimento mental, este ano profissionais, pacientes e familiares manifestaram repudio a diminuição do Sistema Único de Saúde (SUS) proposto pelo atual Ministro da Saúde Ricardo Barros.

Itaúna foi uma das cidades que participou do desfile/manifestação com a presença de usuários e profissionais do Centro de Convivência de Saúde Mental Dr. Peri Tupinambás, dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e do Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário Portador de Sofrimento Mental (PAI-PJ). Foram os próprios usuários do serviço de saúde mental do munícipio que confeccionaram suas fantasias e durante o desfile cantaram e dançaram, reafirmando seus direitos, entre eles o de liberdade de expressão.

O 18 de maio

A data foi instituída após profissionais da saúde mental, cansados do tratamento desumano e cruel dado a usuários do sistema de saúde mental, organizarem o primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental, realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. Naquela manifestação, nasceu o Movimento Antimanicomial e desde então o 18 de maio é lembrado com diversas ações em todo o Brasil.

Texto e fotos: Poliany Mota