Dia da Mulher - Atenção básica em saúde pode ajudar a reduzir casos de violência contra a mulher
         
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Dia da Mulher - Atenção básica em saúde pode ajudar a reduzir casos de violência contra a mulher

on 08 Março, 2023

Um estudo inédito da organização global de saúde pública Vital Strategies, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), aponta que a atenção básica em saúde pode ajudar a reduzir casos de violência contra a mulher.

A pesquisa utilizou dados de 2011 a 2021 e de três bases distintas: a PNS (Pesquisa Nacional de Saúde), realizada a cada cinco anos pelo IBGE, a PenSe (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar), e dados do SIM (Sistema de Mortalidade) e Sinan (Sistema Informações de Agravos de Notificação) do Ministério da Saúde).

Foram analisados cerca de 4 milhões de óbitos durante 10 anos e mais de 812 mil notificações de violência. O resultado mostra que existe um risco oito vezes maior de morte de uma mulher que sofreu uma agressão sem que a notificação tenha sido feita.

A notificação tardia faz com que muitas das ocorrências percam a janela de oportunidade para agir e evitar a hospitalização da mulher. Já a subnotificação pode ser cerca de 52% até 92% dos incidentes, quando considerados os diferentes tipos de violência contra a mulher, isto é, físico, sexual e psicológico.

Os pesquisadores denfedem que a capacitação de profissionais de saúde pode ajudar a indicar sinais de violência sofrida, pois, segundo eles, em muitos casos a mulher vítima de violência já passou por algum atendimento médico. As mulheres vítimas de violência psicológica, por exemplo, podem relatar de alguma forma na conversa, na anamnese.

Para reduzir a subnotificação, a UFMG e o Ministério da Saúde lançaram um aplicativo desenvolvido pela Escola de Enfermagem, sendo gratuito e disponibilizado nas plataformas Android e Apple. O Notiviva traz sugestões de como a fazer a identificação dos casos de violência contra a mulher, como registrar e o por quê.

O estudo será divulgado em evento especial nesta dada, na Faculdade de Saúde Pública da USP, em São Paulo. A versão final para publicação ainda está em processo de finalização.

Fonte: Folha