Nesta terça-feira, 14 de fevereiro, o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) realizou a segunda oficina temática do projeto ImunizaSUS, abordando a importância da comunicação em saúde para a promoção do aumento das coberturas vacinais para gestores, assessorias técnicas e de comunicação de todo o Brasil, sendo que o COSEMS/MG foi representado pela assessora técnica Magali Britto.

A mesa de abertura contou com a participação do presidente do Conasems, Wilames Freire Bezerra, o presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, Ana Luiza Caldas, representante da Secretaria de Atenção Primária à Saúde e Lely Gusman, representante da Opas.

O tema “A repercussão da Comunicação em Saúde nas Coberturas Vacinais” foi desmembrado pelos debatedores Ricardo Mendonça, pesquisador do Núcleo de Educação em Saúde Coletiva da UFMG (Nescon/UFMG), José Cássio de Moraes, professor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e Cláudia Collucci, repórter especial de saúde da Folha de S.Paulo, sendo moderados por Verônica Savatin, presidente do COSEMS/GO.

Ricardo Mendonça discorreu sobre sua pesquisa “Desafios da Comunicação em Saúde em tempos de transformação da Esfera Pública”, listando os principais desafios para a hesitação vacinal e a desinformação em vacinas, como a polarização e segmentação de públicos, a distribuição algorítmica da comunicação e dilemas gerados pelas gramáticas da comunicação. De acordo com o pesquisador, algumas soluções para os gestores quanto à problemática, incluem levar os hesitantes à sério buscando compreender suas razões para a hesitação, evitar discursos que culpabilizem o indivíduo, desenvolver estratégias de escuta institucional e acompanhamento de debate público sobre vacinação e não tratar todo conteúdo que possa promover hesitação como desinformação.

Em seguida, José Cássio de Moraes contextualizou e comparou as principais campanhas vacinais durante décadas, traçando um paralelo com a atualidade. Já a jornalista Cláudia Collucci, defendeu a importância do acesso da população à saúde para a eficácia de estratégias de cobertura vacinal, além da valorização dos profissionais de saúde. “Não dá para pensar em qualquer estratégia sem olhar para os municípios e sem contar com quem está na ponta, pois é um problema de base que demanda profissionais, fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e capacitação de quem está na ponta”, disse.

Fotos: COSEMS e CNS.