O Novembro Azul é um movimento mundial realizado durante o mês de novembro para reforçar a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata. De acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), ocâncer de próstata é o segundo mais incidente entre os homens no país, apenas atrás do câncer de pele não melanoma, causando a morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata.

A doença pode não apresentar sintomas em sua fase inicial. Na fase mais avançada, o paciente pode ter dores nos ossos, sintomas urinários (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite) ou, nos casos mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal.

Quando procurar o médico?

Quando o homem perceber sinais e sintomas sugestivos da doença, como: dificuldade de urinar; diminuição do jato de urina; necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite; e sangue na urina. A detecção do câncer de próstata pode ser realizada com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos (diagnóstico precoce).

Os homens sem sinais ou sintomas, mas pertencentes a grupos com maior chance de ter a doença, podem realizar com exames de toque retal e de sangue para avaliar a dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico).

Diagnóstico

O exame de PSA é solicitado anualmente para acompanhar as alterações específicas da próstata. O resultado, quando alterado, pode indicar situações como inflamações, infecções, hiperplasia (crescimento benigno) e também o surgimento do câncer de próstata.

O toque retal e a dosagem do PSA servem para indicar a necessidade da biópsia da próstata (retirada e análise de fragmentos da glândula e única forma de confirmar uma suspeita de câncer). A realização de exames é recomendada quando há presença de sinais e sintomas, conforme preconiza o Ministério da Saúde.

Tratamento

Para a doença que só atingiu a próstata e não se espalhou para outros órgãos, o tratamento é a cirurgia, radioterapia e até mesmo observação vigilante. Para doença localmente avançada, são utilizados radioterapia ou cirurgia em combinação com tratamento hormonal. Para doença metastática, quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um.

Fonte: Instituto Nacional do Câncer