O informativo do COSEMS/MG evoluiu. Agora é digital!
         
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O informativo do COSEMS/MG evoluiu. Agora é digital!

on 30 Agosto, 2017

 

 
31 de Agosto de 2017 | Belo Horizonte

COSEMS/MG em parceria com a AMM. União em prol da Saúde

O COSEMS-MG estruturou uma parceria com AMM - Associação Mineira dos Municípios, e passou a fazer parte das reuniões itinerantes realizadas pela AMM em conjunto com outras entidades do Estado como OAB, TCE, CAO Saúde, TJMG e Governo de Minas, para discutir os problemas de Minas, tanto na saúde quanto nos demais segmentos do governo mineiro. O objetivo do COSEMS-MG é estar mais perto dos municípios e, consequentemente, dos gestores, sejam eles prefeitos ou secretários de saúde, o resultado esperado é a união em prol da saúde pública.

Na primeira reunião em que o COSEMS-MG participou, no dia 21 de julho, em Andradas, fomos representados pelo nosso presidente, Eduardo Luiz da Silva.
Dando continuidade à parceria entre AMM e COSEMS-MG, o  vice-presidente Hermógenes Vaneli participou do encontro em Itapagipe, no dia 11 de agosto. A reunião contou com a presença do vice governador Antônio Andrade, diversos deputados estaduais e federais, vários ex-presidentes da AMM, vinte e dois prefeitos da região do triângulo do sul, muitos gestores de saúde, nossa presidente regional Régia Cristina Braga Brink - Secretaria Municipal de Saúde de Planura, autoridades diversas, em um dia intenso de trabalho. A segunda reunião foi em Guarda-Mor, região noroeste de Minas Gerais.

Outros encontros como estes ainda virão e, ao término deles, será elaborado e apresentado um produto final à população e autoridades. É preciso encontrar uma solução para a crise da saúde nas três esferas de governo, quem está sofrendo com tudo o que vem acontecendo é o povo brasileiro. Por tanto participe da reunião em sua região, temos trabalhar muito, unidos para encontrar uma solução definitiva para nossa saúde pública e consequentemente para o SUS.
 
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Movimento da Luta Antimanicomial em Francisco Badaró com ações de Promoção da Saúde Mental

O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental, como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

Em busca deste ideal a Secretaria de Saúde de Francisco Badaró promoveu ações diversificadas em parceria com o CRAS, Conselho Tutelar e outras secretarias do Município que deram total apoio às ações.

No dia 17 de junho foi realizado um passeio recreativo com 66 pessoas, incluindo várias atividades distribuídas no local, com jogos, banho de piscina, música ao vivo, artesanato, pintura e bingo.

No dia 23 de junho foi realizado um “Arraiá do PSF” da comunidade de Tocoios junto com as equipes NASF e Saúde Mental. Recebemos aproximadamente 250 pessoas e 30 pares de dançantes. A comunidade e os funcionários dançaram com os pacientes, todos caracterizados.

No dia 13 de julho foi realizada atividade artesanal com mulheres da comunidade de Barreiros em conjunto com mulheres pacientes de saúde mental, com participação total de 31 mulheres. Com as atividades foi possível promover a interação e trocas de experiências com os demais grupos de outras comunidades. Enfim, notamos os pacientes mais saudáveis, mais alegres e menos vulneráveis a doenças.

Nos depoimentos dos pacientes e suas famílias, recebemos informações de pacientes que não saíam de casa com seus familiares há mais de 10 anos. O impacto dessas ações junto aos pacientes foi tão positivo que tornaram-se parte da agenda de rotina das Equipes de Saúde da Família e NASF de forma que, mensalmente, as oficinas acontecerão e todos os anos serão realizados os passeios.
 

Monte Alegre de Minas amplia o Diagnóstico Precoce e Tratamento Oportuno de Infecções Sexualmente Transmissíveis

Com um projeto de descentralização dos Testes Rápidos de IST no município, Monte Alegre de Minas iniciou, em agosto de 2015, uma abordagem diferenciada em relação às IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis. Para facilitar e ampliar o acesso ao diagnóstico e viabilizar o tratamento das pessoas com IST interrompendo a cadeia de transmissão dessas infecções chegou-se ao projeto de descentralização dos testes rápidos para Aids, Sífilis, Hepatite B e Hepatite C, no âmbito da rede municipal do Sistema Único de Saúde (SUS).
O projeto começou com uma capacitação para realização de testes rápidos na Superintendência Regional de Saúde de Uberlândia, participaram desse treinamento dois enfermeiros, que foram replicadores para os demais enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde do município, após a replicação do treinamento começaram as realizações dos testes rápidos em todas as unidades, após trinta dias foi realizado uma reunião para avaliação do processo de trabalho aplicado e os resultados alcançados. Inicialmente houve constrangimento da comunidade no acesso ao teste rápido, demarcados pelo estigma e preconceito frente as ISTs, posteriormente foram superados esses desafios, considerando a aplicação de estratégias de educação em saúde e busca ativa realizados pelos Agentes Comunitários de Saúde e enfermeiros. De agosto de 2015 a abril de 2017 foram realizados um total de 260 testes rápidos.
 
Os autores do projeto, Gustavo Vasconcelos Tannús, Angelita Ferreira da Silva e Liliane Parreira Tannús Gontijo, perceberam que as IST muitas vezes são transmitidas por pessoas assintomáticas e que além disto muitas pessoas não se tratavam por receio de preconceito e estigmas suscitados por este tipo de doença na sociedade.
 
A estratégia de descentralização dos Testes Rápidos, bem como a busca ativa demonstrou ser necessária, frente às transições epidemiológica e demográfica vigentes, a variabilidade de comportamento e aumento das vulnerabilidades contemporâneas. É oportuna e necessária para o enfrentamento da logística de acesso do cidadão aos serviços de diagnóstico rápido, detecção apropriada, quebra da cadeia de transmissão das IST e tratamento oportuno. Há necessidade de vigilância permanente e criação de estratégias de busca ativa conforme relatam as profissionais de saúde Monte Alegre de Minas.
 
Ana Lívia Bitencourt Parreira Fonseca – “A realização dos testes rápidos na unidade em que trabalho proporcionou um acesso mais fácil e rápido para população da área de abrangência. Quando atendemos um paciente com suspeita de IST, temos a oportunidade de tomar uma conduta clínica mais precoce pela facilidade em realizar os testes na própria UBS”.
Ana Elisa Pereira Taveira – “A divulgamos da oferta dos testes rápidos é realizada durante os atendimentos aqui mesmo na UBS pelos profissionais, facilitando aos usuários a realização dos mesmos. Ter um diagnóstico e consequentemente iniciar o tratamento de uma IST irá interromper a cadeia de transmissão da doença, importante estratégia da Vigilância em Saúde”.
 

Arrastão contra o Aedes aegypti em Cruzília

Eliminar o Aedes aegypti é um desafio de escala continental, mas que depende de ações locais. O mosquito, responsável pela transmissão da zika, dengue e chikungunya depende da água para a sua reprodução. Até mesmo a água deixada em um prato após regar as plantas é suficiente para que o mosquito se reproduza. E é por isso que a solução é encontrar os focos locais e erradicá-los o mais rapidamente possível.

Em 2015 o Município de Cruzília passou por uma alta incidência de dengue, com 144 casos suspeitos notificados. Deste total, 86 casos foram confirmados como dengue, 51 negativos, e 7 foram inconclusivos ou descartados.

Diante desse quadro houve a necessidade de uma ação efetiva para controle da situação. As formas de enfrentamento encontradas foram a criação de um comitê municipal de combate a Dengue, arrastões periódicos e a coleta seletiva, sendo este o primeiro passo dado.

Ao longo do desenvolvimento deste trabalho, percebemos que realmente a "União faz a Força". Com o envolvimento de todos os setores, juntamente com o engajamento e participação efetiva da população, Cruzília conseguiu alcançar bons resultados. Entre os anos de 2015 e 2017 o número de casos suspeitos de dengue foi reduzido para apenas 7, e os casos confirmados para apenas 2.
Atualmente 100% das residências urbanas de Cruzília realizam a coleta seletiva e geram renda para 15 famílias.

Nossa população está mais consciente em relação à dengue e mais ativa no combate ao Aedes aegypti.

Com a união de todos, a nossa cidade está mais limpa!

A secretaria municipal de saúde de Cruzília, Jociane de Lourdes Valim, atribui o sucesso das ações à integração da população e do poder público: “Acreditamos que o sucesso deste projeto deu-se à integração e colaboração entre Poder Público e População. Além de resultados, também plantamos sementes que nos dão a certeza de um futuro mais consciente e sustentável”.
 

Enfrentamento da Judicialização em Montes Claros

Diante do cenário generalizado de judicialização da saúde em Minas Gerais recorrente principalmente por ser um momento de dificuldades financeiras advindas da falta de financiamento do Estado nos diversos programas da saúde”, a Prefeitura de Montes Claros em parceria com o COSEMS/MG e AMAMS realizou o 1º Seminário sobre Judicialização da Saúde da Região Ampliada Norte de Minas Gerais, no dia 07 de julho.

O intuito do seminário foi encontrar formas de enfrentamento, interlocução e conciliação para diminuir o impacto orçamentário no Município diante do crescimento da judicialização.

Cinco mesas de discussão foram montadas, envolvendo atores do poder judiciário, do executivo municipal e estadual, do legislativo municipal e estadual, do Conselho Municipal de Saúde local e representantes do COSEMS/MG, onde foram realizadas trocas de experiências e alternativas no enfrentamento à judicialização da saúde.

A Gestora do Município de Montes Claros, Dulce Pimenta, disse que “a pretensão não foi esgotar o assunto, dado a sua complexidade e o papel de cada ator (gestores, poder judiciário, usuários, entre outros) e sim de proporcionar uma reflexão sobre os efeitos do processo de judicialização na Gestão dos Serviços de Saúde sem quaisquer parâmetros assistenciais.” Nesse cenário, foi possível escutar cada um dos entes, colocando suas dificuldades e enfrentamentos, para que com esta aproximação o poder judiciário não seja utilizado como balcão de serviços da saúde, e a Gestão do SUS na região possa encontrar caminhos para atender aos seus princípios e ao mesmo tempo alcançar seu equilíbrio financeiro.

Após o Seminário, pode-se apontar alguns resultados imediatos, tais como a reavaliação da REMUME (Relação Municipal de Medicamentos) a fim de ampliar a lista de medicamentos fornecidos e evitar processos judiciais dos mesmos, e principalmente a aproximação da gestão com poder judiciário, que possibilitou o crescimento no número das consultas técnicas à Gestão por parte do poder judiciário a fim de subsidiar suas tomadas de decisões e culminou na redução imediata do volume de ordens judiciais.